A minha expetativa era muita... tinham-se passado alguns meses. E a ida a Aileu foi antecedida por uma notícia terrível no dia anterior: a professora Lúcia tinha tido um acidente de mota e a única informação que tínhamos era que tinha batido com a cabeça numa pedra.
Fomos a casa da Lúcia para obtermos informações do marido... mas, para grande surpresa, fomos recebidos por ela. Esteve internada no hospital de Ainaro e tinha regressado a Aileu na manhã de sábado. Ficámos a saber que não foi acidente e que foi ela que caiu simplesmente quando seguia na parte traseira da mota, com uma das filhas e o primo. Atribuí a queda a um desmaio, mas ela antecipou-se e contou-me o que uma vizinha lhe tinha dito: é frequentemente caírem pessoas das motas naquele local devido às forças dos restos mortais de vítimas da ocupação indonésia, cujo paradeiro ainda se desconhece.
Verdade ou não, o que é certo é que a Lúcia apareceu toda coberta com um manto para tapar os ferimentos, mas era visível o inchaço e o sangue na cara e no braço. No dia seguinte voltei a visitá-la e já conseguia abrir o olho esquerdo, por isso aproveitámos para tirar uma fotografia.
Depois da visita à Lúcia, dirigimo-nos à Casa Aberta, onde fomos recebidos pelas manas do ISMAIK, pela Lourença e pelo Maxi.
Antes de a Inês e o Tiago regressarem a Díli fomos visitar a horta do ISMAIK, construída graças ao grande amor da Mana Ala pela terra.
Ficamos hoje por aqui... amanhã contamos o resto.