O nosso projecto desenvolve-se a partir do ISMAIK, uma congregação nativa, dispersa por vários distritos de Timor, liderada pela Irmã Maria de Lurdes – Mana Lu (ou Madre Teresa de Calcutá de Timor). O G.A.S.Porto é o braço direito do ISMAIK na área da Educação. Moramos dentro da congregação, em Aileu-vila, a capital do distrito de Aileu, que se situa a 43km a Sul de Díli (mais precisamente a 2h30 de viagem), no meio das montanhas. A nossa casa fica a 30min a pé do centro. Normalmente desenvolvemos os projectos a partir de casa, nomeadamente num edifício construído pela Cooperação Portuguesa que ficou à responsabilidade do G.A.S.Porto. No entanto, também saímos do nosso casulo e trabalhamos com Saboria, uma aldeia isolada a 2km de nossa casa, cujo único acesso é atravessando um rio (sem ponte!).
Temos electricidade das 18h às 24h (em dias bons), e a rede telefónica funciona quando não há vento. O abastecimento de água é feito através de poços que, durante o tempo seco, secam, obrigando-nos a percorrer algumas distâncias para a ir buscar. Como não temos electricidade, o nosso fogão é a lenha, não temos água quente, nem internet, nem frigorífico, nem nada que exija luz.
Para além do chão destruído da nossa casa, ainda albergamos sapos, ratos, cobras, escorpiões, aranhas, e qualquer outro animal que consiga entrar pelo espaço que separa a estrutura da casa da do telhado. Ao contrário do que se imagina, a vila de Aileu é quente durante o dia, e fria durante a noite.
Temos electricidade das 18h às 24h (em dias bons), e a rede telefónica funciona quando não há vento. O abastecimento de água é feito através de poços que, durante o tempo seco, secam, obrigando-nos a percorrer algumas distâncias para a ir buscar. Como não temos electricidade, o nosso fogão é a lenha, não temos água quente, nem internet, nem frigorífico, nem nada que exija luz.
Para além do chão destruído da nossa casa, ainda albergamos sapos, ratos, cobras, escorpiões, aranhas, e qualquer outro animal que consiga entrar pelo espaço que separa a estrutura da casa da do telhado. Ao contrário do que se imagina, a vila de Aileu é quente durante o dia, e fria durante a noite.
Eu acho incrível como uma pessoa que nasceu e viveu durante anos num pais, Portugal, em que a electricidade faz parte do nosso dia-à-dia (nem pensamos em como seria viver sem ela), em que a internet já é um meio sem o qual já nos é difícil passar os dias, em que estamos, sobretudo, habituados ao nosso conforto, sem pensar sequer que é conforto, porque é tão natural, que achamos que tem de ser mesmo assim. Admiro-te e a todos que tem a coragem de mudar assim de vida e viver pelos outros.
ResponderEliminar(Ana Almeida).