Estava aqui sentada no Katuas, numa cadeira almofadada, com a minha música, o meu telemóvel, as chaves do quarto, a beber um cafezito, com o computador à frente, a desfrutar depois de um dia intenso de trabalho... Do outro lado do vidro passa um velho homem, o verdadeiro Katuas; talvez não fosse velho, mas as marcas históricas no rosto revelavam, pelo menos, uma certa vivência. Andava curvado, magro, enrolado a um saco plástico transparente que revelava um corpo semi-nu, com uma gabardine para se proteger da chuva (chove!). Procurava um sítio para dormir. Olhou na minha direcção e eu virei o olhar para o outro lado com vergonha da minha comodidade.
Um país de contradições, às vezes separadas apenas por um vidro!
Oi Clarisse,
ResponderEliminarTenho acompanhado com alguma regularidade o seu blog, em parte por causa do nome - a minha filha também se chama assim. :)
Continue a dar-nos conta do seu viver em Timor, para que nós, que embora conhecendo Timor aí não estamos, e amamos muito essa terra, em particular os seus sorrisos.
Boa sorte para os seus projectos!
Tu sabes bem o quanto há realidades muito diferentes aí, mas os sorrisos e o carinho enorme dos timorenses que lutam por um presente e um futuro melhor é mágico e nos faz querer ser assim, simples :)
ResponderEliminarUm beijnho mt grande,
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