Aceitar a saída da Francisca foi muito doloroso. Tem sido um processo muito complicado de adaptação, mais do que antecipei.
A Francisca tem uma vida difícil. Como já expliquei num outro post (http://clarisse-timor.blogspot.com/2014/03/a-francisca-pela-sua-coragem.html), a Francisca foi transferida para uma escola do Governo e anda, diariamente, 4 horas para ir trabalhar. Não possui recursos, nem apoios, nem financiamentos, NADA. É apenas aquelas crianças e a Francisca.
Desde a saída da Francisca, muitas pessoas têm vindo a dar-lhe a mão, e a semente d'As Sementinhas vai-se espalhando. A ATPE tem sido incansável neste aspeto. Este fim-de-semana fez-se a recolha de mais uma série de materiais para a Francisca. Jogos, brinquedos, material escolar, you name it!
O carro ia cheio!
OBRIGADA, ATPE!
Pessoalmente sinto que a Casa Aberta não é só aquele local, ali no ISMAIK, em Aisirimou. É mais do que isso. E talvez a nossa missão não seja apenas aquele local, aquelas quatro paredes, talvez seja mais do que ali. A Francisca continua ligada a nós, não só pelo ATL, do qual é responsável. Sentimos hoje que a escola onde se encontra é também um pouco nossa. Para nós é as Sementinhas II. Estamos a tentar que tenha tudo o que a Francisca teria se estivesse n'As Sementinhas I e que funcione de igual modo.
Por isso posso concluir que a Casa Aberta é hoje composta por 3 núcleos: 1.º ATL; 2.º As Sementinhas I; e 3.º As Sementinhas II.
Não há felicidade maior do que ver este projeto crescer... por todas as crianças que já passaram e irão passar por aqui. Tudo pelas crianças.
Sem comentários:
Enviar um comentário