No ano passado eu queixei-me a uma das manas cá em casa que as galinhas andavam a comer as couves da horta do Jardim Infantil. E estava eu à espera que ela me dissesse: “Pois, é preciso consertar a capoeira.” Em vez disso, respondeu-me: “Pois, mana, é por isso que é melhor não plantar couves.” A questão era resolvida desta maneira: não plantar couves. Kinder!
No ano passado eu queixei-me a uma das manas cá em casa que as galinhas andavam a comer as couves da horta do Jardim Infantil. E estava eu à espera que ela me dissesse: “Pois, é preciso consertar a capoeira.” Em vez disso, respondeu-me: “Pois, mana, é por isso que é melhor não plantar couves.” A questão era resolvida desta maneira: não plantar couves. Kinder!Há um tempo atrás os porcos das manas fugiram e andaram nas hortas. Inclusivé estragaram a cerca da horta da Infantil (sabem, aquela famosa cerca construída de urgência após o incidente com as cabras). A solução também me parece que não era trancar as portas do curral, mas sim não construir cercas.Na segunda cheguei de Díli e... Kinder Surpresa: não havia luz.Esta semana estou sozinha na Infantil, porque as educadoras foram para formação em Díli. Os momentos mais altos foram definitivamente o momento em que eu contei que o coelhinho da Páscoa tinha escondido doces na horta e era ver a cara dos miúdos à procura deles, seguido do momento em que as crianças quiseram escrever ao coelhinho da Páscoa a agradecer os doces, seguido do terceiro momento que foi toda a sexta-feira de aulas. Neste dia vieram apenas 4 crianças (era dia de procissão) e decidi passar um filme e acabei por escolher um filme que eu achava que podia não lhes agradar: o Livro da Selva. Mas não. E depois apercebi-me de todas as semelhanças com as nossas crianças. E finalmente conseguiram ver elefantes a mexerem-se. Tinha planeado para este dia fazer a Última Ceia na capela aqui da comunidade. Preparei uma mesa, umas cadeirinhas, uma bacia com água, a toalha e o pão. Fiz uma introdução em que tivemos a ver algumas imagens de Jesus crucificado e a perceber quem estava na cruz. Depois expliquei que antes de morrer, Jesus quis tomar a última refeição com os amigos e que antes de isso lhes lavou os pés (fui-me apercebendo que com estas idades é necessário medir bem as palavras, porque eles não compreendem, por ex. “Como é isso de beber o sangue de Jesus?”). Deu-se o Lava-pés em que cada um deixou de se rir, de se mexer, tão estupefactos estavam. Depois fomos para a mesa e expliquei a partilha do pão. Dividimos o pão entre nós e rezamos um Pai-Nosso. Voltamos para a sala e fizemos umas cruzes em que colamos papel por cima (ver a foto, a primeira). Afixámos na parede da capela (ver foto, a segunda, do lado direito). Quando chegou o meio-dia, todos saíram a correr (um queria dormir na escola) e vi-os todos a dirigirem-se à horta e a vasculharem as plantas. Percebi que andavam a ver se o Coelhinho da Páscoa tinha, por acaso, deixado mais doces. Mágico! Depois ao longo do dia fui-me aperce
Força miúda.
ResponderEliminarTenho muito orgulho em ti.
Obrigada por partilhares essa tua vida connosco.
beijos
Elsa
Cla,
ResponderEliminarKinder :)
Que gesto, que carinho o do Jesuinho!
Que grandes coisas aí fazes, perto das pessoas, para crescerem!
Boa Páscoa!
Abraço forte!
Su